Na manhã desta segunda-feira, o Atlético-MG anunciou o retorno do técnico Cuca, que assume o comando da equipe pela quarta vez. O treinador já havia iniciado seu trabalho na Cidade do Galo na quinta-feira passada, quando o elenco se reapresentou para iniciar os trabalhos na temporada de 2025.
Durante a coletiva, Cuca iniciou sua fala abordando o Caso de Berna, ocorrido na Suíça em 1987, quando o Grêmio realizava uma excursão pela Europa. Na ocasião, ele e outros três jogadores foram detidos sob a acusação de terem mantido relações sexuais com uma jovem sem consentimento. Em 1989, Cuca foi condenado por coação e ato sexual com menor.
Em janeiro de 2024, o Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, tornou pública uma decisão que anulou o caso contra Cuca. Embora a decisão não tenha absolvido o treinador, ela aceitou a argumentação de sua defesa, que alegou que o julgamento de 1989 ocorreu à revelia, sem a presença de Cuca e sem que seus representantes pudessem se defender.
O caso voltou aos holofotes nos últimos anos, gerando reação negativa de grande parte das torcidas no Brasil. No próprio Atlético-MG, quando começaram especulações de que o clube negociava com o técnico, muitos torcedores protestaram contra a contratação nas redes sociais.
O QUE DISSE O TREINADOR:
Sem falar exatamente sobre o caso, Cuca preferiu comentar sobre cmo tem lidado com a situação e repercussão do ocorrido:
"Demorei muito tempo para falar daquele tema, e hoje eu abro falando dele. Eu demorei a ver meus defeitos. Eu tentava falar do Cuca, e a sociedade queria saber da causa, do que eu como homem podia fazer. Tenho trabalhado incessantemente para ser uma pessoa melhor, entender o tema, não só pelo Cuca, pelas minhas filhas, minha mãe, mas pelo respeito que as mulheres merecem. Estou aliado a isso. Tenho participado de palestras, onde conseguimos reunir meninas e meninos e discutir o tema de peito aberto."