
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O desmatamento na Amazônia em janeiro deste ano caiu 61% em comparação com o mesmo período anterior. Foram 167 km² desmatados, em comparação com 430 km² em 2022. Ainda, houve queda em relação a dezembro de 2022, que registrou 229 km² derrubados.
Os alertas foram divulgados nesta sexta (10) pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que divulga informações para o combate ao desmatamento em tempo real. O número confirma as reduções parciais de janeiro e é o quarto mais baixo da série histórica recente do Deter, iniciada em 2015.
A diminuição ocorre em meio ao período de chuvas na região, que dificulta a derrubada. Os números altos nesta época são considerados pontos fora da curva. A última queda no mês de janeiro tinha sido registrada em 2021, quando os números foram de 284 km² para 83 km², uma redução de quase 78%. No ano seguinte, no entanto, veio o pico na série histórica, iniciada em 2015.
Ainda, o governo Lula precisa enfrentar o cenário deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para cumprir as promessas de desmatamento zero e redução de emissões, reforçadas no discurso de posse e mesmo antes dela.
As ações, como as primeiras operações do governo contra desmatamento e garimpo, têm peso na imagem do país e nas possibilidades de recursos para o combate ao desmatamento. Os Estados Unidos, por exemplo, estão considerando sua primeira contribuição para o Fundo Amazônia.
Um possível anúncio é esperado durante reunião de Lula com Joe Biden na Casa Branca nesta sexta-feira (10), disseram duas autoridades dos EUA com conhecimento direto do assunto.