Israel diz que 'não bloqueará a entrada de ajuda humanitária' do Egito em Gaza

Israel instituiu um cerco completo a Gaza, cortando o acesso a alimentos, água, eletricidade e combustível para os 2,3 milhões de habitantes da faixa.

Israel diz que 'não bloqueará a entrada de ajuda humanitária' do Egito em Gaza | Reprodução
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O governo de Israel afirmou nesta quarta-feira (18) que não bloqueará a entrada de ajuda humanitária do Egito na sitiada Faixa de Gaza. A decisão se deu após a pressão de seus aliados internacionais para que o auxílio chegue aos civis palestinos no território.

"À luz da exigência do presidente Biden, Israel não impedirá o fornecimento de ajuda humanitária do Egito, desde que se trate apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza", diz o comunicado, divulgado durante a visita do presidente dos EUA, Joe Biden.

Israel instituiu um cerco cortando o acesso a alimentos, água, eletricidade e combustível | FOTO: Mahmud Hams/AFP

A decisão segue a crescente pressão internacional, inclusive dos Estados Unidos, pedindo que a assistência humanitária entre em Gaza, onde centenas de milhares de residentes foram deslocados em meio a constantes ataques aéreos israelenses.

Os Estados Unidos apoiaram firmemente Israel, com o presidente Joe Biden se reunindo com Netanyahu nesta quarta-feira (18) em um sinal de solidariedade enquanto a nação sofre com o ataque do Hamas.

Biden se reúne com Netanyahu já em Israel um dia após ataque a hospital | FOTO: Miriam Alster/via Reuters

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, diz que o deslocamento forçado de palestinos por Israel "não pode ser implementado”. No comunicado, o governo israelense reforça que não permitirá a entrada de suprimentos a Gaza a partir de seu território.

"Israel não permitirá nenhuma ajuda humanitária de seu território para a Faixa de Gaza enquanto nossos reféns não forem devolvidos", diz a nota.

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Israel instituiu um cerco completo a Gaza, cortando o acesso a alimentos, água, eletricidade e combustível para os 2,3 milhões de habitantes da faixa. A ajuda começará a entrar em Gaza pela passagem de Rafah, que, segundo o Egito, foi danificada pelos ataques aéreos israelenses. No entanto, ainda não está esclarecido quando dará início.

MORTES

Desde quando iniciou os conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro, cerca de 5 mil pessoas foram mortas. Segundo o governo israelense, cerca de 4.475 pessoas também ficaram feridas e quase 200 foram levadas em cativeiro pelo Hamas.

Israel respondeu com o bombardeio mais devastador sobre Gaza na história do conflito, e as autoridades palestinas informaram que cerca de 3.478 pessoas foram mortas e mais de 12 mil ficaram feridas.

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