Uma câmera de segurança registrou o momento da colisão que deixou músico Carlos Henrique de Araújo Rocha morto em Teresina, na madrugada da última quinta-feira (30). Nas imagens é possível ver que uma pessoa chega a ser arremessada para fora do carro em que estava o baixista.
O QUE MOSTRAM AS IMAGENS?
Após as diferentes versões sobre o que teria causado a morte do baixista, onde a primeira versão apontava que ele teria sido baleado e posteriormente que ele havia ido a óbito após o forte impacto da colisão, o vídeo mostra o carro em que estava o músico atingido violentamente na lateral, no cruzamento da Avenida Dom Severino com a Avenida Presidente Kennedy, na zona Leste da capital. O outro veículo envolvido no acidente estava sendo conduzido por bandidos.
Diante da forte pancada, uma pessoa foi sacada do carro e arremessada para o outro lado da avenida, possivelmente o corpo de Carlos Henrique. Uma viatura da Polícia Militar, que estava perseguindo os criminosos, parou mais a frente, ocorrendo uma troca de tiros com os criminosos, o que descarta a possibilidade de que o músico foi baleado.
REVIRAVOLTAS NO CASO
A primeira versão, de que o músico havia sido atingido com um dos disparos na cabeça durante a troca de tiros entre a PM e os bandidos, havia sido descartada quando o Instituto Médico Legal (IML) divulgou o laudo da causa da morte: politraumatismo com ação contundente.
“Houve micro hemorragia no cérebro, tinha inchaço nos dois pulmões, perfurações no pulmão direito, muito sangue, e tinha cinco costelas quebradas de um lado e do outro, além de um esterno fraturado, que é onde causa convulsão no coração”, explicou Antônio Nunes, diretor do IML.
Porém, após a repercussão do caso, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), emitiu uma nota na manhã desta segunda-feira (04), relatando que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) havia informado que o músico estava tinha uma lesão causada por disparo de arma de fogo, contradizendo o laudo.
Pela tarde, o IML se pronunciou sobre o caso afirmando que não havia dúvidas sobre a morte e que “foi o IML quem abriu a cabeça, e não tinha. Tem lesões, e eles entenderam que era um projétil de arma de fogo, só que não tem lesão no crânio”, explicou o doutor Antônio Nunes, diretor do IML.
O Secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, esclareceu que “não há evidência alguma de que ele foi alvejado por disparo de arma de fogo”.