A Polícia Civil do Piauí realizou nesta quinta-feira (05), o indiciamento de sete familiares após a conclusão do inquérito policial referente ao caso do bebê Wesley Carvalho Ferreira, morto queimado durante um ritual realizado por membros de sua família. Além disso, a prisão preventiva dos familiares foi decretada pela justiça.
De acordo com o delegado Matheus Zanatta, coordenador das Delegacias Especializadas, os familiares foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e também pela ocultação de cadáver. Durante as investigações, a tese de que o bebê havia sido sequestrado foi descartada.
“Essa semana a Polícia Civil concluiu as investigações do desaparecimento do caso Wesley. Inicialmente tinha sido apresentado pela família a tese do sequestro da criança, sendo descartada pela Polícia Civil. Foi representado por sete prisões temporárias e duas internações provisórias. As prisões foram cumpridas e posteriormente foi pedido a conversão dessas prisões temporárias em preventivas, sendo decretada pelo juiz. Durante o inquérito policial foi colhido vários elementos de informação e também provas. Depoimentos, perícia e extração celular que levaram ao indiciamento de sete pessoas pelo crime de homicídio qualificado e também pela ocultação de cadáver. Esse inquérito já se encontra relatado e a disposição da justiça”, completa o delegado.
Os investigados foram presos pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) no final do mês de março, temporariamente. A representação das ações foi pautada diante das contradições nos depoimentos dos pais e avós da criança.
Na noite do dia 21 de fevereiro, a Polícia Civil realizou a prisão do pai, da mãe, Angela Valeria Ferreira, de 21 anos, e dos avós paternos do menino Wesley Carvalho Ferreira, bebê de 1 ano e 9 meses. A morte do menino ocorreu depois que a família realizou jejum por duas semanas durante ritual realizado e tendo o corpo queimado em seguida, conforme as investigações.