Com a intenção de esclarecer o que houve, a a Arquidiocese do Rio de Janeiro tomou a decisão de afastar o padre Ramon Guilherme Pitilo da Silva Ramos, de 33 anos, após ele ser preso preventivamente sob a acusação de estuprar pelo menos duas crianças da Paróquia São João Batista, localizada em Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade. A suspensão ocorreu imediatamente para cooperar com as autoridades na apuração dos fatos e também para garantir o cuidado e proteção dos envolvidos nas investigações. Além disso, foi aberta uma investigação interna paralela à atuação do Estado para apurar as condutas atribuídas ao sacerdote.
Vale salientar que no último dia 21 o mandado de prisão contra o padre foi expedido pela juíza Gisele Guida de Faria, da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente. O padre compareceu à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) acompanhado de seus advogados. A defesa do clérigo entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio, mas a liminar foi negada pelo desembargador Carlos Eduardo Roboredo, da 3ª Câmara Criminal.
Em maio de 2022, há pouco mais de um ano, Ramon Pitilo foi ordenado padre. Além da suspensão imposta pela arquidiocese, ele já havia sido afastado do sacerdócio pela ordem judicial que determinou sua prisão. Caso seja condenado pelos estupros, o padre pode receber uma pena equivalente a mais de 20 anos de prisão.
Em relação ao padre Airton Freire, que está preso desde o último dia 14 de julho em Pernambuco e é investigado em cinco inquéritos por crimes de estupro, ele foi internado às pressas depois de sofrer uma crise de hipertensão arterial.
Uma das pessoas que acusa o padre Airton Freire é a personal stylist Silvia Tavares de Souza, que alega que o crime ocorreu em agosto de 2022 a mando do padre e foi perpetrado pelo motorista do religioso. No entanto, o padre Airton Freire nega as acusações que lhes foram atribuídas.