Aliados de Bolsonaro vendem joias oficiais e faturam patrimônio de R$ 1 Mi

A PF deflagrou uma operação para obter provas relacionadas a Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e ao advogado Frederick Wassef

Mauro Cid, Frederick Wassef e Mauro Cesar Lourena Cid | Reprodução
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A apuração conduzida pela Polícia Federal (PF) em relação à comercialização de joias por indivíduos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estima que esses negócios tenham rendido pelo menos R$ 1 milhão aos envolvidos. A investigação se debruça sobre a questão em virtude de se tratarem de bens oferecidos como presentes ao governo brasileiro durante missões oficiais, sendo, portanto, parte do patrimônio público.

Na manhã desta sexta-feira (11), uma operação da PF foi deflagrada para obter provas relacionadas ao caso, tendo como alvos o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

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Os valores totais em jogo ainda estão em processo de análise, uma vez que parte desses itens acabou sendo readquirida pelos investigados devido à necessidade de restituição ao Tribunal de Contas da União (TCU), que passou a investigar os presentes oferecidos ao ex-presidente.

Dentre as joias que foram objeto de negociação, destacam-se esculturas e um relógio Rolex, entregues como brindes oficiais ao governo brasileiro. A investigação aponta que a conta bancária de Lourena Cid no exterior foi utilizada para o recebimento dos valores oriundos dessas transações.

Os investigados enfrentam suspeitas de terem se aproveitado da estrutura do governo brasileiro "para desviar bens de elevado valor patrimonial, presenteados por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da comercialização desses itens no exterior", informou a PF.

Os ganhos obtidos por meio dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e incorporados ao patrimônio pessoal dos envolvidos, conforme comunicado da polícia.

Os mandados de busca e apreensão foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito das milícias digitais, sendo executados nas cidades de Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). De acordo com as autoridades, os fatos em investigação caracterizam os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

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