Na manhã deste domingo (08), a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou o início de uma operação de repatriação de brasileiros na área de conflito entre Israel e Palestina. Um avião KC-30, com capacidade para 230 passageiros, será enviado ainda neste domingo de Natal (RN) para a Itália, onde aguardará orientações para buscar brasileiros no Oriente Médio e trazê-los de volta ao Brasil.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, afirmou que a primeira decolagem dependerá da montagem da lista de passageiros que desejam retornar ao Brasil, e a expectativa é que ocorra na segunda ou terça-feira. A coordenação da operação é feita em conjunto com as embaixadas do Brasil na região.
Damasceno explicou que há uma expectativa de normalização das operações no Aeroporto Ben-Gurion, o principal em Israel, o que possibilitaria que brasileiros deixassem o país em voos comerciais, sem a necessidade de ajuda do governo. Contudo, o governo avalia outros aeroportos para repatriar brasileiros que não estão em Israel ou podem correr risco ao tentar chegar à capital israelense.
A lista de passageiros deve ser fechada na manhã da segunda-feira (09), e os voos podem decolar na segunda-feira, preferencialmente no turno da tarde, para facilitar o transporte terrestre de todas as localidades até os aeroportos, considerando as dificuldades de deslocamento em meio à crise.
O governo informou que está preparando seis aeronaves para a missão, incluindo dois aviões KC-30, dois KC-390 e dois VC-2 cedidos pela Presidência da República, além de médicos e psicólogos para dar assistência aos brasileiros removidos.
No sábado, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou três contatos para brasileiros em situação de emergência, todos com o aplicativo WhatsApp instalado. O governo brasileiro mantém contato com cerca de 90 brasileiros na Faixa de Gaza ou nas cidades de Israel na zona de conflito. Até a noite de sábado, o Itamaraty tinha identificado um brasileiro ferido e dois desaparecidos após o ataque terrorista do grupo extremista Hamas. O Brasil chamou uma reunião de coordenação para discutir a escalada do conflito. O presidente Lula afirmou que o Brasil "não poupará esforços" para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU.
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