Na primeira semana do ano, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, tomou a decisão de demitir Antônio Rio Palhares, funcionário do órgão, após este ser flagrado compartilhando mensagens golpistas e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo WhatsApp. A exoneração de Palhares foi divulgada no Diário Oficial em 2 de janeiro.
A Polícia Federal (PF) identificou Palhares em trocas de mensagens de cunho golpista com Meyer Nigri, proprietário do Tecnisa, e o mencionou em um relatório enviado ao STF. Nas mensagens, Palhares teria comentado sobre a possibilidade de um encontro entre o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do Supremo em 2021, afirmando que somente uma ação das Forças Armadas poderia "enquadrar" o STF. Além disso, ele compartilhou um vídeo do ministro Luiz Fux sobre a reunião que não ocorreu e comentou que "foi só os militares baterem os coturnos mais forte e o presidente do STF Luiz Fux foi pedir 'penico' a Bolsonaro".
O relatório da PF também apontou a participação direta de Meyer Nigri na divulgação de conteúdos falsos, que eram subsequentemente disseminados por Niko Palhares, servidor comissionado da PGR. Essas mensagens foram descobertas após Nigri ser alvo de um mandado de busca e apreensão por integrar um grupo de empresários que discutia teses golpistas. Palhares, por sua vez, teria tentado intermediar encontros entre Nigri e outros membros da Procuradoria.
Antônio Rio Palhares ocupava um cargo na Secretaria de Segurança Institucional da PGR, com um salário de R$ 5,2 mil. A decisão de demissão foi uma resposta às atividades impróprias identificadas nas comunicações do servidor.
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