Nesta quinta-feira (14), o partido Solidariedade tomou a decisão de expulsar o advogado Hery Kattwinkel, que havia defendido um dos terroristas condenados pelos ataques ocorridos em 8 de janeiro. O partido justificou a expulsão afirmando que o advogado atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e endossou um discurso de ódio.
Kattwinkel representou Thiago de Assis Mathar, condenado a 14 anos de prisão por crimes como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e deterioração do patrimônio tombado.
Durante sua defesa no STF, Kattwinkel negou as acusações contra seu cliente, argumentando que ele havia entrado no Palácio do Planalto para se proteger dos tumultos. No entanto, o advogado também aproveitou seu tempo na tribuna para atacar a Corte e divulgar notícias falsas sobre os ministros.
A resposta contundente veio do ministro Alexandre de Moraes, que descreveu como "patético e medíocre" o ato de um advogado subir à tribuna do STF para promover discurso de ódio.
Após o incidente, o Solidariedade, partido ao qual Kattwinkel era filiado, optou por sua expulsão, alegando que o advogado havia proferido palavras ofensivas e desrespeitosas em relação ao STF.
A nota do partido declarou: "O Sr. Hery Waldir Kattwinkel Júnior ocupou a tribuna do Supremo Tribunal Federal para protagonizar um grotesco espetáculo de ataques aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, verbalizando e endossando o discurso de ódio, não raro permeado de fake news, que contaminou parte da sociedade brasileira."
A decisão também enfatizou que a apresentação do advogado no STF assemelhou-se mais a um discurso político "com uma clara atuação performática destinada a gerar engajamento nas hostes radicais da política brasileira."
O Solidariedade deixou claro que a conduta do advogado era incompatível com a linha do partido e reiterou seu respeito pelas leis brasileiras, seu compromisso com a democracia e seu respeito pelas instituições públicas do país.
Uma curiosidade durante o discurso de Kattwinkel no STF foi sua confusão entre as obras "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel, e "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. Ele citou erroneamente a frase "os fins justificam os meios" como se fosse de "O Pequeno Príncipe". O ministro Alexandre de Moraes criticou essa confusão, destacando que Kattwinkel parecia estar mais preocupado em fazer um discurso para redes sociais do que em defender seu cliente.
Além disso, a frase mencionada por Kattwinkel, embora frequentemente atribuída a "O Príncipe", na verdade, é creditada ao poeta romano Ovídio, na obra Heroides.
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