Aílton Barros é considerado morto pelo Exército e esposa recebe R$ 22 mil

Autodenominado como '01 de Bolsonaro', o ex-major do Exército foi preso nesta semana em Operação da Polícia Federal, ou seja, o pagamento da pensão é irregular.

Ailton Barros e Bolsonaro | Reprodução/Redes Sociais
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Preso durante a Operação 'Venire' da Polícia Federal, o ex-major Aílton Barros é alvo de mais uma polêmica nesta sexta-feira, 05 de maio. Autodenominado de "01 de Bolsonaro", o presidiário é considerado morto nos sistemas do Exército e sua esposa recebe uma pensão no valor de R$ 22 mil mensalmente, de acordo com dados obtidos pela GloboNews. 

Ailton Barros ganhou notoriedade ao afirmar que possui informações sobre o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.  As declarações dele vieram à tona após a prisão nesta semana.

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A Operação Venire investiga fraudes em cartões de vacinação e informações falsas relacionadas à vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Ailton Barros, que tem 61 anos e nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, mudou-se para o Rio de Janeiro durante a infância devido ao trabalho de seu pai, um cabo do exército. Ele é formado em Direito e é major reformado, sendo expluso da corporação após ter cometido infrações. 

DEFENSOR DA PENA DE MORTE

Em seu perfil nas redes sociais ele se apresenta como oficial da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), paraquedista militar e civil. O major também tem um vídeo publicado em seu canal no Youtube que chamou atenção nas redes sociais por ser defensor da pena de morte, ele acredita que ‘crimes hediondos contra crianças deve haver pena de morte’.

Ele tentou entrar na política em 2006 como deputado federal pelo Rio de Janeiro com o PFL (Partido da Frente Liberal). Nesse mesmo ano, ele teve o seu nome envolvido em uma polêmica, que de acordo com a Folha de São Paulo, Barros tinha relação com um suposto acordo entre o Exército e traficantes do Rio de Janeiro para a recuperação de armas oficiais que haviam sido roubadas

VIOLÊNCIA CONTRA MILITARES

Logo depois seu nome foi envolvido em outra polêmica. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Militar acusado de violência contra militares, além disso, ele também é apontado por ter dirigido em alta velocidade e jogado o veículo contra um outro militar do Exército, por conta disso ele foi considerado incapaz de permanecer no Exército.

Em 2020, ele tentou novamente entrar na política quando se candidato como vereador pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PL, e acabou como suplente. Durante a sua campanha eleitoral ele se denominava o ’01 do presidente Bolsonaro no Rio de Janeiro’

MORTE DE MARIELLE

Ailton Barros enviou mensagens para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que também foi preso ontem, dizendo que sabia quem era o mandante da morte de Marielle. “Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda, entendeu?”, disse ele na mensagem que foi enviada no dia 30 de novembro de 2021.

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