Nesta segunda-feira (24), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez comentários sobre o pacote de segurança pública lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, o qual busca restringir a compra de armas pela população. Tarcísio expressou sua posição contrária, afirmando que "nunca se dificultou a compra de armas pelos criminosos no Brasil" e defendeu o direito da população de portar armas como um meio de combate contra a criminalidade.
Para o governador, o cidadão armado representa uma forma de "dissuasão", já que um potencial criminoso não tem como saber se a pessoa está armada ou não, o que o faz pensar duas vezes antes de abordá-lo. Na visão de Tarcísio, quando o indivíduo está desarmado, os criminosos percebem sua vulnerabilidade e se sentem mais confiantes para agir. Ele ressaltou que ao tirar essa dúvida da mente dos criminosos, a segurança é reforçada.
Durante uma entrevista coletiva em que detalhou uma operação conjunta entre as forças policiais dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul contra quadrilhas de tráfico de drogas, o governador abordou a questão da facilitação do acesso a armas, uma das principais bandeiras do governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), no qual Tarcísio foi ministro da Infraestrutura. Agora, sob a gestão Lula, o objetivo do governo federal é tornar mais consciente e seguro a aquisição de armas para evitar que elas acabem nas mãos do crime organizado.
No entanto, Tarcísio defendeu que a ação necessária não é dificultar o acesso dos bandidos às armas, pois, segundo ele, eles já possuem arsenais de nível militar. Em vez disso, o foco deveria ser combater o contrabando de armas para evitar que elas cheguem até os criminosos. Ele destacou que o governo estadual paulista investirá em inteligência para enfrentar esse problema.
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